domingo, 29 de maio de 2011

Caminhando e cantando...

Ontem, 28 de maio de 2011 pode ter sido um dia comum para muitos, mas pra mim foi diferente.

Isso porque eu, minhas companheiras de casa e da vida, decidimos sair da comodidade do nosso sofá e ir pra rua, mais precisamente pra Avenida Paulista e nos juntar a algumas milhares de pessoas pra protestar contra a repressão ao direito mais importante dos cidadãos: a Liberdade, que em pleno século 21 tem sido ameaçada por alguns.

A Marcha da Liberdade aconteceu em resposta à proibição pela justiça à Marcha da Maconha,que aconteceria semana passada e reuniu cerca de 5 mil pessoas que caminharam e cantaram até a Praça da República a favor da livre-expressão, aborto, legalização da maconha e contra a homofobia, racismo e qualquer outro tipo de manifestação que vai contra a natureza do ser humano de ser livre e feliz.



Para muitos, pode ser um ato desnecessário e sem resultado, mas para mim só o fato de em pleno 2011, numa sociedade cada vez mais injusta e egoísta, o poder da Internet e das redes sociais conseguir gerar uma mobilização desse tamanho, significa que algo começa a mudar, pra melhor. E me deixa feliz e orgulhosa por fazer parte desse movimento.


No dia 18/06, se tudo der certo, a Marcha da Liberdade se repetirá e dessa vez espera uma adesão nacional. Torço para que como eu, que acreditam na mobilização e na união das vozes a favor de um bem comum a todos, se levantem do sofá e "vão pra rua, contra a censura" como disse um dos principais gritos da Marcha.

E já que não tenho a popularidade suficiente para convencer alguém, deixo o link de um dos meus autores favoritos com os 22 motivos pra participar desse ato:

http://xicosa.folha.blog.uol.com.br/

terça-feira, 5 de abril de 2011

17 anos sem Kurt

 “Estar numa banda de rock não é exatamente como eu imaginava... já não gosto mais disso tanto quanto no começo...” - Kurt Cobain - (1967-1994)


Uma das primeiras bandas que curti na vida e curto até hoje, seja pra pular ou pra chorar.
Graças a ele, um novo rock surgiu, e as guitarras distorcidas e a ideologia grunge sobrevivem até hoje em alguns cantos underground do mundo. Mas a poesia, a visceralidade e a depressão características únicas de Kurt morreram junto com ele. E deixaram saudade... 






sábado, 5 de março de 2011

Eu fico triste quando chega o carnaval...

Nunca fui o tipo de pessoa que curte o carnaval.
Nada pessoal, contra ou a favor, é que simplesmente nunca tive a sorte de viver essa experiência louca, a festa da carne, aquele clima de ninguém é de ninguém de que se fala tanto...




Até já cantei marchinhas no largo dos pescadores, dancei as coreografias do axé baiano no interior, já pirei com o maracatu do Bloco da Ema, a bateria da Pérola Negra, mas ainda assim sinto que nunca curti um carnaval em sua plenitude!


Acho que deve ser trauma de infância, pois me lembro de ver meus pais, irmã e primas mais velhas saindo para o tradicional baile e bloco da cidade enquanto eu ficava chupando o dedo e só podia no máximo ir às matinês de domingo à tarde. Depois, quando chegou a minha vez de sair, na adolescência, os blocos já não tinham graça e legal mesmo era ir pra praia com a turma, e de novo, me senti excluída da festa. Frustrada.


Agora, que tenho um pouco mais de dinheiro e liberdade já me sinto velha demais para o carnaval. Meio passada, sabe?


Não me vejo pulando, sambando, bebendo e beijando estranhos durante quatro longos dias.
Nada contra quem faz, mas pra mim é um pouco demais.
E exatamente por nunca ter feito e nem pretender fazer é que me sinto tão out dessa data.
Mas admiro, apoio e até invejo quem curte e sabe aproveitar.
Enquanto a galera põe o bloco na rua eu estou aqui em casa entediada...
Pena que pra mim não significa nada
Única coisa boa é não ter que trabalhar.


ps: Mas quem sabe ano que vem eu mudo de ideia e me jogo no bloco "Me beija que eu sou cineasta" no Rio ou  no Acadêmicos do Baixo Augusta em Sampa... em todo lugar há uma pseudagem carnavalesca pra quem curte algo mais alternativo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Amores voláteis

Às vezes me pergunto se ele realmente existe...

Se é real porque é tão difícil tocá-lo?
Se é tão intenso como não se pode mensurá-lo?

Se amar é dividir, compartilhar, por que sempre queremos o amor só pra nós?
Se o amor é livre, porque não conseguimos deixá-lo ir?
Por que não aceitamos quando ele acaba?
Ou quando se transforma?
O que determina o fim de um amor?

Ama-se mais a ideia de amar alguém do que alguém em si
A ideia de ter alguém que pensa e cuida de você o tempo todo
E aí é que se perde a linha tênue entre o amor e a dependência, o comodismo
Mas não é egoísmo prender um amor só para alimentar sua carência?
O ser humano precisa se habituar a conviver consigo mesmo

Chego a conclusão de que não existem amores perfeitos
Amor exige dedicação, companheirismo e mais um milhão de coisas
É uma luta diária contra seus próprios medos e anseios
E mesmo contendo todos os ingredientes, não significa que a receita vai dar certo!

Mas afinal, quem disse que precisa ser eterno?


"Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure..." (VM)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Feliz 2011!! \o/


Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro

E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...


Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
pra recomeçar...

Eu te desejo muitos amigos
 Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Prá você não deixar
De duvidar...

Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também

E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
pra recomeçar...

(Frejat)